Desde Panajachel - Guatemala

Bom gente, minha viagem finalmente teve seu momento espiritual. Foi uma experiencia unica visitar e conhecer a Guatemala. Primeiro cheguei no aeroporto de Guatemala City,
onde logo na saida do aviao jah vi quem habitava o pais, os mayas. O pessoal aqui dificilmente ultrapassa 1,60m de altura, tanto os homens como as mulheres, que por sinal 90% se vestem como indias, com tecidos multicoloridos e saias. Isso tanto na capital como em todas as partes do pais q fui. Mas bem, saindo do aeroporto fui de Ciudad Guatemala para Antigua, a antiga capital do pais que teve q mudar de lugar apos sucessivos terremotos e erupcoes q destruiram mais de uma vez a cidade. Toda a cidade de antigua eh formada por casaroes coloniais (inclusive abrigam muitos hoteis hj, como oq eu fiquei Casa de los Suenos), estes com belos jardins floridos no meio, entao vale durante o passeio entrar nas casas para observar os jardins e fontes e chafarizes.

A cidade naum eh muito grande, quando se anda pelas ruas de lah se sente o passado, principalmente tbm pela quantidade de ruinas q viraram museus. Para naum se perder na cidade basta tomar como pontos de referencias a praca central e os vulcoes q circundam Antigua.

Bom, ademais de passear bastante, tomar uns helados e uma cevas, visitei os mercados de artesanias locais e as lojas magnificas de joias em Jade, todas bem protegidas por guardas armados. Uma noite resolvi ir tomar uma cerveja na praca central da cidade, lah comecei a conversar com um americano q estava sentado ao meu lado ouvindo um cd no Discman (vejam, naum era mp3 player), se chamava Willian, e estava trabalhando num grupo humanitario com os indios q viviam nas montanhas. No pais ha um conflito cultural muito forte, pois enquanto a grande maioria da populacao eh maya, se falam varios dialetos no pais, e a igreja catolica trata os ritos mayas como se fossem diabolicos, entao ainda ha comunidades q resistem ficando de fora do sistema e logico arcando com as consequencias. Enquanto conversava com esse amigo, eu comia um sanduiche, e vi q um jovem Guatemalteco, cheirando cola se aproximava, aparentava uns 15 anos. Quando vi q ele estava ao meu lado com medo de sentar no banco, entao eu o convidei a sentar-se e comecei a conversar com ele sobre o mal q lhe fazia estar cheirando cola e tal, e ele me disse se chamva Juan Carlos Sires, trabalhava como engraxate, tinha estudado so ateh a primeira serie, e naum tinha perspectiva de vida, nem namoradas nada. Putz, pensei, igual ao Brasil. Durante a conversda com Juan descobri q o Willian falava espanhol tbm, entao ficamos conversando com o menino q nos contou q nem sabia q existia china e japao por exemplo, o convenci a jogar fora a cola e lhe dei um sanduiche, depois de ele me perguntar assim. - Por que no me ayudas? Tengo hambre, por eso q aspiro pegamiento.
Willian, q vive lah perguntou pra ele onde ele morava, e anotou tudo e prometeu ajuda-lo por lah se ele quiser ir junto ajudar nas montanhas...E do William ainda ganhei de presente o Livro dos Mortos do Tibet, o louco eh budista.

Bom nem dormi direito, pq fiquei pensando no Brasil e nas nossas criancas tambem...
Continuando, apos dois dias em antigua parti para Panajachel onde estou agora, a viagem eh punk, embora as estradas tenham muito mais qualidade que as da Costa Rica, e estejam melhor sinalizadas, o terreno eh extremamente acidentado, entao uma batida ou uma resvalada te levam a morte certa tao grandes sao os penhascos e abismos, no caminho passamos por cidades pequenas do interior, muito engracadas e supercoloridas.
Quando estamos chegando em Panajachel do alto da montanha paramos a van para tirar fotos e avistar o Lago Atitlan, porra, cenario de filme, naum eh atoa q eh considerado um dos lagos mais belos do mundo, cercado por vulcoes ainda mais altos q os de antigua, o lago eh cheio de pequenos povoados indigenas nas encostas e claro pequenos hoteis.

Em Panajachel peguei um bote para me levar ateh o meu hotel, perfeito com vista para o lago e os dois maiores vulcoes, soh para chegar no hotel que eh meio ralado pq se vai por um caminho de terra q se quebra enquanto andas entao deve ser facil cair no lago por acidente e se machucar nas pedras da borda. No caminho naturalmente passas pelos mayas, que vivem bem no alto dos montes numa pequena vila, que pedi autorizacao para subir e conhecer, acho q foi um dos unicos lugares em q tive um pouco de medo ate, embora fossem todos muito amaveis, jah estava acostumado a ir a toda parte com outros turistas, e lah eu fui sozinho, e soh eu de branco todos me olhavam muito entao. Uma experiencia legal, como eles conseguiram construir a cidade tao alto e num lugar tao ingreme nao sei, mas que eles trabalham pra caramba isso eh verdade, e deve valer a pena, pois foi de lah q tive a vista mais bonita do Lago Atitlan. A noite no meu hotel, tinha um grupo de danca q eram tres casais, como se uniram eh q deve ser uma boa historia de se ouvir, pois o grupo era composto por um guatemalteco, um holandes, um estadounidense, uma canadense, uma francesa e uma sueca, muito agradaveis jantei com eles e conversamos muito durante a noite ateh q eu cansei de sgurar a vela e fui dormir, claro depois de ter asistido tbm um magnifico por do sol nos vulcoes do lago. Hj vim para Panajachel de volta de Sta Cruz la Laguna q era onde eu estava, e estou aguardando a van para voltar a Guatemala City, de madrugada parto para o Panama, ultima etapa da viagem...nese pais Guatemala um dia creio q vale voltar, muito bom ver uma cultura tao ancestral e tao legitimamente americana ainda viva. Gracias Chapins!