quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como Conheci a Viana Moog

Com freqüência acabei me metendo, nos últimos 8 anos, em shows da Viana Moog, seja no Casarão, Embaixada do Rock, BR-3, Garagem, Dr. Jekkyl, festivais ou sei lá onde mais...

As primeiras vezes eu não conhecia ninguém da banda, fui por conta de namoradas, amizades e etc... acabei inclusive por falta de conhecimento me irritando com o vocalista cidade por ter dado em cima de uma delas em um desses tantos shows...

Mas o fato é que conheci o Cidade (vocalista da Viana Moog) num belo dia em que me dirigi a loja Be Bop em São Leopoldo para comprar uma fita de videocassete para gravar um show do Iggy Pop que passaria na Sony durante aquela madrugada...ao vivo...
Quando o vendedor, me perguntou o motivo da compra, falei contrariado o motivo já esperando que aquela bicha (eu achava que ele era gay mesmo) jamais tivesse idéia de quem se tratasse...e não é que ele sabia do show daí já falamos de diversas bandas, ele se apresentou como Everton Cidade e seu eu tivesse grana sobrando com certeza já levava uns cds do REM da Loja...nos entendemos legal fiquei de ir na loja comprar os cds e nunca voltei...mas voltei a reconhecer o cara nos shows...

O Cidade sempre foi poser pra caramba, me contam sobre sua vida fodida, passando tardes nas bibliotecas de São Leopoldo lendo literatura betanik e descobrindo Viana Moog, grande benemérito leopoldense e do Rio de Janeiro que acabou inspirando nome da banda.
As primeiras vezes achei ok, tranquilo...uma barulheira que tu não entende as letras...

Mas aquela época, eu tinha muito contato com a Voodoo Trio do meu amigo Rafael Salib, foi a primeira banda para a qual eu desenhei um cartaz...
DSC_7855
e nessa banda havia um baixista, o Luciando Reis que determinado dia me apresentou seu primo Junior...que era baixista da Viana Moog, banda na qual o Luciano viria a somar, como soma até hoje na guitarra. Ali conheci melhor a banda e comprei o cd "Boemia Adolescenta Após os Trinta"...nessa época eu curtia muito o underground gaucho e meus cds de cabeceira eram o Chapinhas de Ouro, Coisa de Louco II da Graforréia Xilarmônica, Menino Everaldo de Santa Maria e 90 graus da Walverdes...

Os shows da Viana eram sempre um teto onde invariavelmente seu vocalista Cidade na ânsia de se mostrar um Jim Morrison acabava se tornando as vezes um chato, as vezes alguém que causava misericórida que eu sei q com certeza era seu desejo...

Nos ônibus e trens que eu muitas vezes peguei indo para UFRGS e PUCRS acabava topando direto com o Junior, baixista da Viana Moog, principalmente no D-43 Universitária linha de ônibus que passava pelas duas universidades e que pegavamos juntos ali pelas 7h da matina...
ali conversamos muito, encontramos afinidades e nos tornamos grandes amigos como somos até hoje. O que me tornou um fã cativo da banda, foi essa amizade, e quando lançaram "CHAGAS ADESIVAS" seu segundo trabalho, bem melhor produzido fiz questão de comprar umas cópias...

EM alguns shows o Cidade como perfomer evocava Iggy, Jim Morrison e outros podres, simulando uma bebedeira incurável, como ele é baixo, sempre foi engraçado o fato de cantar com o microfone acima de sua altura, ou bem abaixo, nunca na altura correta.
Em suas letras o Cidade sempre versa sobre relações pervertidas com fortes figuras de linguagem ou frases fortes mesmo...como "Um abraço que não era abraço/de um amigo que não é amigo", "Ela usa meu sexo como um revólver", "Eu odeio tudo/ menos Henry miller/ Atire em mim/Antes que eu te mate/ Atire em mim ..." e muita repetição. O som denso das cordas da Viana sempre acompanhou a tensão das letras e a maioria das vezes soube explicar o sentimento melhor do que o Cidade cantando sempre ininteligivelmente, justificando plenamente os encartes dos Cds.

Num desses shows a coisa chegou a um ponto dramático, onde um fã se meteu na frente do palco e se deu um banho de whisky derrubando sobre sua própria cabeça uma garrafa inteira, o Cidade desesperado entre uma canção em outra enxugava a camiseta do fã em seu copo tentando beber algum whisky...mas como com certeza ele tinha bebido antes, e como o lugar era roots...começou a dar problemas na saída de som da guitarra o baixo e bateria tomaram conta, enquanto Luciano tentava acertar os cabos, podre de bêbado o vocalista caiu do palco ficando de quatro para seu público, de costas...quando o rapaz do whisky começou a derrubar o líquido dentro do cofrinho do Cidade que absorvia o golpe com o cu piscando de dor ou sentido o frio o susto sei lá...foi a decadência total, mas de alguma maneira a música não parou e as pessoas vibraram com aquela cena indecente...como se fosse bonita a autodestruição...

E hoje sei lá vi o show lembrando de tudo isso...uns 30 minutos antes do início estava eu no tomando uma cerveja com o Junior quando chega o Marcos, o baterista da banda dizendo...
-Cara, hoje tu vai ter que cantar, o Cidade se perdeu na rodoviária e não sabe como chegar...
eu na hora larguei ainda bem...sempre venho aos shows da Viana, hj vai ser diferente hehe...e o junior desesperado...o Cidade acabou chegando a tempo, se dedicando como nunca e cantando mal e ininteligivelmente para os não conhecedores da banda, como sempre...ao final do show no banco do Jekkyl o Luciano ainda teve espírito para brincadeira de chegar correndo pra gente dizendo... - Cara me ajuda!!! O Cidade tá ensanguentado no banheiro
...mas ele na verdade já tinha até se encaminhado embora e se despedido da gente...

não vejo a hora do próximo show da Viana...

sábado, 16 de outubro de 2010

Nine Days a Week

07.10.2010
Show dos Titãs no Teatro do Bourbon Country (Porto Alegre)
Era uma quinta-feira, tudo transcorria normal para o show dos Titãs, quando por motivos que foram superados no fim das contas, surgiu a informação de que o show começaria às 22h e não às 21h...começou o corre na produtora. Após conversas e muitos e-mails tudo se normalizou e a banda começou o show às 21h15min. Do palco (detrás de telas ortofônicas do fundo de palco da banda) vi a multidão gritando quando a banda, que hj conta com metade dos integrantes originais, apareceu. Acabei resolvendo assistir o show, meu quinto dos Titãs provavelmente, mas como a banda mudou e era show novo...
Acabei constatando que realmente, Frommer, Antunes, Gavin e Nando Reis fazem muita falta, mas ainda sim os Titãs têm tantos hits que não tinha como o show não ser o sucesso de sempre.
E foi isso que aconteceu, com uma pegada rock enérgica, Branco Mello, Sérgio Britto, Paulo Miklos e Tony Bellotto dominaram o público que cantou junto e dançou a beça. O som impecável do Teatro colaborou como sempre. Sai do show, pouco antes do final após ouvir Sonífera Ilha e alguns comentários nos camarotes do tipo... -Tomara que toquem só as antigas que já vai ser bárbaro...

08.10.2010
Esse foi o único dia tranquilo da semana..

09.10.2010
Jantar-Baile dos 75 anos do Zaffari no Centro de Eventos da FIERGS (Porto Alegre)
Depois de me atrasar para o Jantar, devido as obras que estou tendo em casa. Consegui me organizar com a Júlia para irmos até o evento do outro lado da cidade. Chegando lá um ventro frio de lascar, eu de terno sofri o pênalti...no meio da janta tonteei de coriza, sinusite e dor de garganta e tive de retornar para casa...já que dois dias depois eu iria para São Paulo. Ainda assim consegui pelo menos ver mais um belo evento promovido pela Opus.

10.10.2010
Tropa de Elite 2 no Barra Shoppng (Porto Alegre)
N
a véspera da viagem para Sampa, decidimos assistir o tão falado TROPA DE ELITE 2. Era Domingo e o cinema estava absurdamente lotado então compramos os ingressos ás 14h30 para a sessão das 18h30 que era quando ainda tinha lugares.
O filme não decepciona, e mostra um gênero bem brasileiro de cinema, linguagem e atores de novela, violência, drogas, corrupção... apesar de ser elogiável a parte política do filme de por em discussão os problemas dos governantes que elegemos, artisticamente ainda é um filho do Cidade de Deus. O filme vale mesmo é pela participação no ínicio do Seu Jorge como o bandidão Beirada.

11.10.2010

SWU com QOTSA, PIXIES, INCUBUS, CSS, CAVALERA CONSPIRACY e muitos mais na Fazenda Maeda (Itú - São Paulo)
Cheguei em Guarulhos as 9h30 e as 10h30 já estava lá na Faria Lima com a Juscelino Kubitschek caminhando em direção ao hotel...dormi um pouco e parti para o Caesar Park de onde partiu o Shuttle rumo a Itú, dormi quase toda viagem e acordei quando começamos a entrar nas estradas de terra que levavam a Fazenda Maeda. A primeira vista da estrutura montada para o Festival era bem impressionante, dois palcos principais imensos, onde tocaram
Pixies, Yo La Tengo, Incubus, Avenged Sevenfold, QOTSA, Cavalera Conspiracy, Linkin Park e outros pelo menos nesse dia que eu fui, havia também o Palco Oi Novo Som, onde assisti o melhor show do dia acreditem BNEGÃO & Os Seletores de Frequência, além de John Rouse, CSS, Mombojó e Autoramas, Area Heineken onde discotecaram o excelente Mixhell, Erol Alkan e outros... O evento prezava pela sustentabilidade então havia produtos reciclados por toda parte, posso dizer que estava bem limpo tudo se compararmos ao festival de verão que acontece aqui em Porto Alegre onde fica tudo imundo. Achei só que essa coisa do Palco enorme acaba diminuindo as bandas, por isso talvez eu tenha achado apenas médios shows que eu esperava q fossem ótimos como o do Pixies e do QOTSA. Mas o terrível mesmo foi o frio que chegou com o anoitecer, na boa acho q deu uns 7 graus... A outro ponto forte foi a máquina de pinball na tenda da Nestlé, cara adoro Pinball e um dia ainda compro isto.

12.10.2010
O dia em que minha cabeça quase explodiu
Sinusite e avião não combinam. Chegando em casa às 15h, deitei e dormi.

13.10.2010

Show do GREEN DAY no Gigantinho (Porto Alegre)
Como seu eu fosse de ferro, lá estava eu de novo, trabalhando. Olhando o povo chegando naquele clima amistoso, muita gente da minha geração... no palco antes de show olhei os cases repletos de guitarras, e numa caixa um skate com adesivo do Bad Religion...como show de abertura os Superguidis não comprometeram e conseguiram aquecer os mais de 10 mil presentes para o show do Green Day. Nas cadeiras pude ver o Rafael Sóbis grande atacante colorado e fã do Rock'n'roll. Então as 21h3o Billy Joe e banda subiram no palco e destilaram clássico atrás de clássico de todas as fases da carreira por quase 3h levando o público ao extase.
A cada música uma avalanche de memórias na minha cabeça, luau na praia, turma reunida, trades andando de skate, enfim a adolescência que passa e é uma fase fera...subi as cabines de imprensa do ginásio para enxergar o ginásio lotado omo um todo e percebia-se na pista 5 focos de rodapunk que minha credencial, infelizmente não me credenciava a participar, e após o Green Day fechar a noite com Good Ridance (Time of Your Life), meu coração inflou, me deu um frio na espinha, minha cara ficou vermelha e eu pude dizer comigo mesmo que esse foi o melhor show que vi em 2010...



14.10.2010

Última prova do MBA - Marketing na FGV
Toda ação tem uma reação...não estudei claro. Mas era a última e fui no conhecimento adquirido ao longo do curso....notas em 10 dias...


15.10.2010
Show do Gotan Project no Teatro do SESI (Porto Alegre)
Estava preparado pra tirar a sexta para o descando, mas surgiu o convite para o show na quinta, e foi impossível resistir. Em 2007 eu tinha assistido eles pela primeira vez num show inesquecível no Teatro do Bourbon Country, realmente marcante. Até pensei, bah mas imagina eu vou ir agora e nunca que vai ser tão legal. Não foi. Mas é que tinha sido a primeira vez né. Entretanto foi MUITO BOM, a banda evoluiu tocaram músicas de todos os álbuns com muita competência e público foi ao delírio, várias músicas representam muito para mim e para Júlia também, é legal pq é das poucas bandas que nós igualmente gostamos muito. Chegamos em casa e pensamos, essa realmente foi a semana para lembrar de 2010....

sábado, 4 de setembro de 2010

THE FLOATING OPERAS

Post de Literatura + Blues + Heavy Metal + Entretenimento

Alguns anos atrás, não sei precisar quantos mas não mais que 6, minha mãe me indicou um livro excelente:

A ÓPERA FLUTUANTE de John Barth
(The Floating Opera)

Na época, ela me entregou o livro inteiro xerocado e grampeado...o que para mim é o equivalente aos e-books e pdfs da vida de hoje, para quem não tem um ipad lógico hehe...li o livro bem dizer dentro de trens e ônibus...

O livro que foi publicado em 1956, e que era o primeiro romance do autor que tinha então 26 anos (que por acaso é minha idade atual), foi de um impacto bem grande na minha vida, volta e meia eu sempre trago algo desse livro para conversas e discussões, como faço nesse post.

A Ópera Flutuante
, trata de uma grande embarcação que navegava pela costa americana e que continha um teatro com uma fantástica encenação sem fim, que se apresentava dia após dia ininterruptamente. Mas para deixar as coisas quentes, se um passageiro da embarcação fosse um suicida frustrado obcecado com a morte? E se a embarcação explodisse?...vale a pena ler!

Mas logo se vê onde me encontrei no livro, justamente com a questão da casa de espetáculos estar dentro dos navios...sempre imagino se a Opus (que administra o Teatro do Bourbon Country, Teatro Bradesco, o futuro Teatro Riachuelo e etc..) um dia se lançaria numa empreitada destas. Um Teatro flutuante.

Enquanto isso não acontece observamos ultimamente uma volta poderosa dos cruzeiros no Brasil, como uma opção para férias e momentos de entretenimento, lazer e etc.. são barcos com Raves, Cassinos, Roberto Carlos, Claudia Leitte, Sertanejos e muito mais...até que pesquisando e navegando?!?! por aí, encontrei um cruzeiro do Heavy Metal.

No Line Up, Iced Earth, Testament, Rage, Sonata Arctica e muito mais...
Por algum preconceito meu, sei lá, achei estranho, sempre associei o heavy metal as pessoas que não gostavam de mar, praia e sol, embora as bermudas de surfe da Billabong homenageando o Metallica e o Sepultura que por sinal são muito legais...
bermudas

Até aí eu tinha achado diferente e tal, postei no facebook e twitter, mas levei como algo isolado...então hoje estava eu olhando uns posters de rock dos anos 60, quando encontro um banner anunciando outro cruzeiro...mas de, pasmem...BLUES com direito a seguinte chamada do Johnny Winter "This Cruise is better than Woodstock"

http://bluescruise.com/

bluescruisepacific_1010a1

Foi o estopim para que eu fizesse esse post.
Fico pensando como será que vai ser cada um destes cruzeiros, como será o público, como se comportarão, se haverão outors e etc...e vou dizer que eu até me pilhava nesse de blues... e quem sabe também logo mais não vamos ver um cruzeiro indie...ou então nas tranquilas águas do Guaíba uma OSPA flutuante...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

HAWAII 5-0

Pra começar, essa capa é uma belezura ou não é???
Vende uma época, o conceito de uma geração.
Imagina o que não era tu chegar numa loja e dar de cara com esse disco...
ventures_fivef

Contracapa (quase os Ramones??):
Photo 288

Então, conforme contei no post anterior, adquiri esse clássico também na feira...uma balela, R$ 10,00 pra lá de bem investidos.
The Ventures é uma banda que começou a me chamar atenção há bastante tempo, sempre curti demais um som instrumental, praiano. Percebe-se claramente a evolução instrumental das bigbands da costa oeste para chegarem na Surf Music com Dick Dale. Enquanto os Beach Boys se esmeravam nos vocais e dividiam-se com a ripongagem, os Ventures mandavam brasa com um rockinho pegado. Assim como Dick Dale com Misirlou, os Ventures com Surf Rider fazem parte da trilha especialíssima do Pulp Fiction do Tarantino (aliás esse cara tem bom gosto pra música).

Lançado em 1969, esse disco foi um marco por incluir grandes sucessos como a faixa homônima HAWAII FIVE-O (curte aqui o som e um video pra lá de fera) que além de ser usada direto por aí, como trilha de tudo, foi OST de um seriado adivinhem...homônimo nos EUA.

Outra faixa imperdível desse disco é a THEME FROM "A SUMMER PLACE" (curte aqui o esse som) que tem uma levada extremamente nostalgica. Lembra a música do bailinho no final de O Iluminado...é a faixa que mostra que os Ventures não são qualquer bandinha. Essa música como diz o nome foi trilha do filme A Summer Place que por aqui ficou conhecido como Amores Clandestinos...olha a estética de novo...
SummerPlacepost
O lado B possui ainda medleys poderosos, mas diante de duas músicas tão fortes, as demais ganham passe livre para meus ouvidos. Perfect!

E sabe de uma coisa...ouvir Ventures sempre me deixa com vontade de ouvir uma das melhores bandas instrumentais que o Rio Grande do Sul já teve: OS ARGONAUTAS (baixa aqui a pérola) argo
esse em CDzinho escondido na gaveta com o resto da velha coleção de ritmos...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

¿Como pueden olvidar que una vez pelearon contra lo que ellos se han convertido?

Neste último sábado (28/08) pela manhã, fui a uma feira de vinis no Mercado Público de Porto Alegre...vários LPs...
Fui sem querer, meu objetivo era a Galeria Chaves Barcellos, onde eu tinha combinado de ir ver um disco da Copa de 1962...mas por um acaso do destino, quando eu me direcionava para lá topei com a feira...não resisti.
Acabei depois de muitas dúvidas,conversas e negociações, pegando um THE VENTURES "HAWAII FIVE-O", 3 ALICE COOPER "From The Inside", "Love It To Death", "Killer" e EARLY ART/ART FARMER WITH SONNY ROLLINS, HORACE SILVER and WINTON KELLY:
33845432
Alguns sabem, outros não, mas sou um fã de trompete. E embora o Art Farmer não seja nenhum Miles Davis, o que temos aqui é uma obra-prima.

SIDE A
1. Autumn Nocturne
2. Soft Shoe
3. Confab In Tempo
4. I'll Take Romance
5. Wisteria

SIDE B
1. I've Never Been In Love Before
2. I'll Walk Alone
3. Gone With The Wind
4. Alone together
5. Pre Amp


Art Farmer
é daquela geração da década de 50 que dominou a costa oeste americana, mesma costa de Chet Baker que vocês já viram nesse blog, aliás os dois chegaram a dividir trompeteXflugelhorn com o Gerry Mulligan...o cara tocava na Lionel Hampton Orchestra acha que é pouco?

Enfim, não sou lá um gênio do jazz, mas assim...reproduzo aqui o texto de Joe Goldberg que está na contracapa do disco que data do fim de 1954...como o disco é argentino, tasco em espanhol mesmo...

"1954 probablemente pasará a la historia como el año en el cual la revolución ha ganado y comenzó a consolidar sus beneficios. La revolución fue musical, la que comenzarón Parker, Monk y Gillespie, pero la forma en que tales cosas se desarrollan no se diferencian mucho de lo que ocurre en politica. La segunda generación de revolucionarios, representados aquí, ha traído nuveos refuerzos en la forma de una mayor comprensión de materiales básicos de jazz como blues y evangelios, y comenzaron a atrincherarse. Y fué también 1954 cuando ello comenzó a ocurrir.
Cada uno de los cinco hombres que componen el quinteto que se escucha en este álbum, ha sido responsable de una mayor contribuición al jazz. En estes dias en que el termino "House band" tiene conotaciones definitivamente derogadas, es asombroso ver qué buena "house band" tiene Prestige.
Primeramente tomemos la sección ritmica: Horace Silver, Percy Heath y Kenny Clarke. Ellos son por ejemplo, la sección rítmica del famoso "Caminando" de Prestige (7076), un disco que probablemente representa el punto más elevado del movimiento. Horace Silver - que, en la opinión de muchos, nunca tocó mejor que en varios discos hechos ese año - es uno de los principales factores en la consolidación. Fué él quien primero cruzó las cuerdas de Monk y Bud Powell, agregando una directa simplicidad reminiscente de Avery Parrish, y dió al trabajo un nuevo significado. En conjunción con Art Blackey, tuvo los "Jazz Messengers" - en esos días, Silver sería llamado "director musical" de ese grupo - que , a través de tales composiciones de Silver como "El Predicador", se convirtieron en los principales portadores del movimiento. Percy Heath y Kenny Clarke, por supuesto, son dos maestros contemporáneos en sus instrumentos, y ya hicieron los primeros discos, para Prestige, del fabuloso "Modern Jazz Quartet" que, para disgusto de Kenny Clarke, hubo de tomar otra direción.
El saxo tenor es Sonny Rollins. Para comprobar cuán estrechamente se hallaban vinculados los diversos artífices de las música moderna, es interesante pensar que esta se sección rítmica, con Sonny, y la participación de Miles Davis, hicieron ese mismo año una de las mas importantes sesiones de los tiempos modernos. La grabacion de Davis incluyendo "Airegin", "Oleo", "Doxy" y "But not For Me" en Prestige (7109). La interpretación de Sonny en estos surcos es dura y cruda, y toma una considerable cantidad de presencia escuchar, en estos solos, las bases de la más persuasiva influencia del saxo tenor en el estilo de estos tiempos. El alteró su tono, lo hizo infinitamente mas complejo en cuanto a ritmo, y emergió como un gigante.
Pero el quinteto, y el álbum todo, es dirigdo por Art Farmer, quien tiene dotes esencialmente líricas. Puede ser el de inventiva más melódica entre los trompetistas modernos. En el momento de realizarse esta grabación, recién volvía de Europa y él y Rollins estuvieron tocando juntos en Minton, el lugar donde históricamente se sabe que empiézan las revoluciones. Poco después se unió a Silver con los "Mensajeros" (Luego de un período de exitosa colaboración con Gigi Gryce), una asociación que lo llevó a ser conocido entre mucha gente. Art podría posiblemente ser llamado "el principal maestro contemporaneo de la corriente", y eso fué lo que le llevó a entrar en sociedad con el compositor-saxofonista Benny Golson en el extremadamente exitoso JAZZTET.
En los surcos del cuarteto, hechos el mismo año , el bajo es ejecutado por Addison Farmer, hermano de Art, que estuvo con él en los grupos de Gryce y Jazztet, y estuvo varias veces estrechamente asociado con Mal Waldron, uno de los mejores pianistas de la época.
El baterista Herbie Lovelle ha actuado con todos los estilos de músicos que se pueda imaginar, desde Teddy Wilson hasta Sam (The Man) Taylor.
En el momento de estas grabaciones, el pianista Wynton Kelly era un hombre nuevo a quién solo unos pocos habían escuchado. El también estaba envuelto en una consolidación de los triunfos musicales que se habían logrado. En años siguientes, en la medida que el "funk" se convirtió en el estilo más popular de jazz, el nombre de Kelly comezó a escucharse más frecuentemente, hasta que llego a ser uno de los pianistas que más ampliamente grabaron jazz. Desde 1959 fué miembro de los diversos grupos dirgidos por Miles Davis.
Comunmente no sería necesario hablar tan extensamente acerca de la trajectoria de estos interpretes. Ni tampoco es necesario hacer el juego de "adónde están ellos ahora?", ya que todos lo saben. Pero todo sucédio hace años. En cualquier otro campo once años es muy poco tiempo, pero no en jazz. HAce ocho años estos hombres eran la segunda generación de revolucionarios (excepto Kenny Clarke, que era uno de los originales), y ahora al menos uno de ellos, es un anterior tertimonio temporariamente retirado a la edad de 30 años.
Yo he usado constantemente la palabra revolución, y esa palabra significa guerra. En la guerra, el trabajo de la primera ola es capturar nuevo territorio. Luego de haberse logrado, si se logra, se envía una segunda ola, una nueva ola de tropas frescas que mantedrán el nuevo territorio ganado y cuidarán que no se pierda lo que se pudo haber conseguido.
Esa ha sido en gran parte la historica tarea de los músicos que grabaron este disco (con la importante exepción de Rollins). Pero tanto en jazz como en politica, hay un peligro implicito en tal actividad. Los revolucionarios de ayer son el Establecimiento de hoy, o si lo prefieren, la Academia. Los grupos dirigdos actualmente por Art Farmer y Horace Silver representan una tecnica refinada en añoes, refinamientos hechos sobre logros que fueron originalmente hechos en discos como éste.
Quizás haya una cierta validez en la idea que los hombres de jazz hacen su mejor trabajo cuando son jóvenes y hambrientos - emocionalmente hambrientos de descubrimientos - y que después, si llegan a convertirse en miembros del estabecimiento, algo del fuego y la urgencia irremediablemente se vá.
La palabra Academia invevitablemente implica una organización contra jóvenes insurgentes. Y nuevamente, solamente aões después de estas grabaciones, eso es una realidad. Hay otra vez una "nueva cosa" en el aire, un nuevo tipo de musica que, afortunadamente, ningun hasta el momento pudo identificar con un nombre. (Quizás, en estos dias en que la música está dominada por los críticos más que nunca, el rotular un estilo sea el primer paso hacia su consolidación). La "Nuevacosa" está alrededor, comenzando a atrincherarse, es ejecutada por homebres como Cecil Taylor, Eric Dolphy, Ornette Coleman y Don Ellis; hombres que respetan las creaciones y contribuiciones de los intérpretes de este disco, pero tienen conciencia que deben superarlos. Y quizás once añoes después formarán parte de la nueva Academia, así como los países después de haber triunfado una revolución, rápidamente establecen las bases para impredir que otro governos los reemplace.
Las palabras más significativas que yo haya visto respecto a esta cuéstion musical, fueron escritas por Igor Stravinsky (N.A: el tipo de la foto HU040759...
)


uno de los grandes revolucionarios musicales del siglo XX. El se refiere a su musica, no al jazz, pero lo que dice puede muy bien aplicares aquí: "Tengo ante mí el espetaculo de los compositores que, después que su generación tuvo su década de infulencia y moda, sellan sus personsas de posterior desarrollo y de la próxima generación. (En la medida que digo esto, vienen a mi miente excepciones como Krenek por ejemplo). Por supuesto, requiere un mayor esfuerzo aprender de nuestros menores, y sus maneras no son invariablemente buenas. Pero cuando uno llega a los 75 años y su generación ha sobresalido con cuátro jovénes, previene de decidir por anticipado "cuán lejos pueden llegas los compositores", pero tratando de descubrir cualquiera nueva cosa que hagan nueva a la generación. La misma gente que ha hecho la abertura del nuevo camino, son los que frecuentemente primero tratan de poner fin a sus logros. ¿Qué es lo que temen? ¿Qué seguridad buscan, y cómo puede haber seguridad si están limitados? ¿Cómo pueden olvidar que una vez pelearon contra lo que ellos se han convertido?"

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

INTER BICAMPEÃO

Que posso eu dizer?

RENAN que estrela luminosa que tu tens.
PATO nunca vi a nadie anular un penalti.
BOLIVAR vo sos la encarnación del General
INDIO solo puede jugar en Inter y ninguno otro
NEI eu não confiava mas hoje foste sublime
KLEBER a seleção te abandonou? a torcida colorada nunca!
SANDRO tu me lembra muito o Lúcio, humilde guerreiro e determinado!
"CHOLO" GUINAZU vos sos el leon, el espirito y alma de nuestro equipo
TINGA teu povo te ama. Ah! Arrá, nego Tinga é popular!
"CABEZON" D'ALESSANDRO todo los equipos necessitan un ASTRO vos sos el nuestro
TAISON nuestro hijo
RAFAEL SÓBIS es el hincha en campo, volvió pq aqui es su casa
GIULIANO um futuro brilhante, um investimento que já se pagou
ALECSANDRO cara, obrigado por se lesionar na final!
ANDREZINHO já tem seu lugar guardado nos corações colorados
L. DAMIAO eu sempre disse que tu era o cara!
F. ELLER um exemplo, uma liderança, o 12 jogador
DT CELSO ROTH fica Celso Roth.



gracias aun a todos los demas jugadores, Walter, Sorondo, Oscar, Wilson Mathias, Glaydson, Fossatti, Valenzuela, Masharedjian, Carvalho, Piffero, Everton, Juan, Ronaldo, Edu e todos os demais!!!!!