segunda-feira, 26 de maio de 2008

BLACK MATH

Que eu gosto de ouvir bandas desconhecidas do grande público, e tenho um prazer intenso em anunciar tais bandas diantes dos olhares surpresos se perguntando “- nossa da onde tu tirou isso?”, “-Bah, grava pra mim!!!”, “Que irado depois que tu me mostrou essa música, ouvi numa festa, num comercial de tv e acho q vou por na minha formatura.”, nunca foi segredo. Álias já sofri com a chacota por conta disso hehehe.
Mas pior é quando eu começo a ver as pessoas fazendo coisas pra me agradar, o cretino do Ismael estes dias conversava comigo, quando lhe pedi que escutasse uma banda no myspace.
O mesmo me encheu a banda de elogios, sabendo claro que eu absorveria para mim toda aquela babação...então fria e calculadamente larguei pra ele: - Tu gostou é? Te mostrei por que eu achei uma merda, queria ter certeza que era só eu que achava isso...
Aí ele me deu uma resposta que fez cair a máscara, e me deu uma espécie de desgosto. – Álvaro, pra ser sincero eu também achei uma merda, álias só escutei uma música pra te agradar.

Agora eu me pergunto que mundo é esse???

No que estamos nos tornando...ou será que sou só eu.
Tudo bem que ouvi, Arctic Monkeys, Kills, Killers, Maccabbees, Klaxons, CSS e etc... a exaustão. Mas isso não me dá o direito de dizer que gosto de Bloc Party por exemplo, mesmo assim eu digo que gosto, mesmo tendo baixado o disco e nunca escutado. É que no Indie dificilmente eu vou passar por aquela situação embaraçosa de alguém me perguntar sobre tal música com o conhecimento de causa de um fã de bandas dos anos 70. Tipo eu escuto uma vez, uma única música de cada uma das 70% das bandas de que ouço falar, dessas eu gosto de digamos 20%, das quais escuto 50% por mais de duas semanas porque ponho o no iPod, e ao fim de tudo, voltarei a ouvir com certa freqüência duas músicas de 30% daquelas 50%...E no fim de tudo, juntaod todas as bandas, lembro mais ou menos de cabeça 5% das músicas e 0,03% das letras...mas isso não é insignificante porque conheço muito mais que 300 GB de músicas, na real tenho mais de 2 therabytes de musica na cabeça, mas lembro de apenas uns 650 Gigas o resto tah no inconsciente, e saberia cantarolar o ritmos de uns 120GB de música... Na real, assim, acho que tenho plenas condições de ser chamado para entrevista no Jô Soares, David Letterman, ou outros do gênero para falar sobre música, tenho repertório de histórias e falo com autoridade. Mas bom mesmo, é quando eu descubro antes, canto a pedra e dá certo!!!!

E confesso que me sinto acuado, quando tenho que falar com pessoas que entendam de música eletrônica, botânica, motores pneumáticos, genética...sempre digo que não gosto, nunca que não sei ou que não entendo...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Show da Vida

Vejamos o que tenho a relatar...
já deve ser de conhecimento geral, que o mestre Chuck Berry está vindo a Porto Alegre fazer um show no Pepsi On Stage em uma co-produção entre Opus Promoções e Opinião Produtora...algo q é como se a Coca-Cola e a Pepsi fossem lançar um refri em parceiria, enfim o tempo passa as coisas mudam mas o mais importante: do alto dos seus 81 anos o autor de Johnny B. Goode, Roll Over Beethoven e muito mais, fará seu show histórico aqui, no dia 21 de junho...

Falando em shows, o do BAJOFONDO já foi o melhor que vi esse ano disparado. Eu já curtia eles faz uns dois ou três anos, entretanto não estava a par do último disco deles...houve uma evolução tremenda desde o primeiro, e o que era para ser um show cult, praquela galera bundona, se tornou uma rave dentro do Teatro do Bourbon Country, com direito a invasão de palco, e gente dançando enlouquecida...e daí que mesmo assim show é show né...terminou e os caras saíram do palco, e eu tava ali do lado, nas coxias, quando o público (de certo incitado por algum amante de White Stripes ou de futebol mesmo) começou a cantar em uníssono os acordes de Seven Nation Army, e o Gustavo Santaolalla (líder da banda) me olhou e perguntou se era normal isso, eu respondi que era inédito...realmente nunca tinha visto isso no teatro, foi quando o contrabaixista retornou e começou a tocar a música que o povo cantava, daí foi a consagração, a banda voltou pro palco, tascou-lhe mais duas eletrônices pegadaças e assim o público foi embora, com aquele sorriso de satisfação de quem sabe que esteve no lugar certo na hora certa. Photobucket


Tá, estou falando disso pq realmente tenho trabalhado demais ultimamente então minha vida tá girando muito em torno dos shows e tal...mas anfan...
Sábado, 17/05/2008 vi um clipe no youtube do Radiohead...que vale ver...pq é foda...é meio inacreditável..mas aquele tênis de marca, aquela roupa maneira que a gente volta e meia tah usando, pq chega tudo junto que nem Coca-cola, Mc Donalds, na TV em tudo... muitas vezes são manufaturados com mão de obra escrava. Toda a moral de algumas empresas e grandes corporações parece que acaba ao encontrar a famosa mão de obra barata que faz acontecer a Mais-Valia tão falada por Marx.